Créditos da imagem: Reprodução/Freepik. Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu que a ferramenta será um “facilitador” na produção das aulas digitais.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) planeja implementar um projeto-piloto para incluir uma plataforma de inteligência artificial (IA), Chat GPT, para produzir aulas do 6º ano do Ensino Médio nas escolas da rede estadual de São Paulo.
Segundo a pasta, as aulas foram elaboradas por professores intitulados “curriculistas”, responsáveis pelo conteúdo das aulas que estão em uso desde 2023.: “Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação”, descreve a nota.
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A secretaria também informou que o conteúdo será avaliado e editado em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design, e somente se a aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023
Atualmente, a Seduc-SP conta com um time de cerca de 90 professores curriculistas.
O que diz o Sindicato
Para o presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), a inserção da ferramenta, mesmo por meio de testes, é autoritária. Segundo Fabio Santos de Moraes os professores da rede estadual não foram consultados:
“É profundamente lamentável falamos da maior rede pública do Brasil, a comunidade escolar precisa ser protagonista do processo, a forma como o anúncio foi feito é um desrespeito a rede, isso não foi discutido com ninguém”, disse o presidente da APEOESP.
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Ainda segundo o presidente da APEOESP cada professor precisa ter a liberdade de escolher o melhor instrumento pedagógico para cada aula:
“Não pode ser algo fechado, autoritário dentro da escola, para ter uma escola pública laica e inclusiva é preciso que a rede esteja acolhida e faça parte das decisões, esse método digital, que entrega textos prontos está sendo proibido em alguns lugares e questionado em outros, nós temos a capacidade de criar”, concluiu Fabio.
Já a deputada estadual professora Bebel, ex-presidente da APEOES ingressou com uma ação no Ministério Público contra o uso do ChatGPT.
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