Conheça um pouco do trabalho de transporte de órgãos realizados pela FAB, para salvar vidas

Foto: Sgt Johnson/CECOMSAER; Esquadrão Guará e Esquadrão Pastor
A Força Aérea Brasileira aproveitou o Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado nesta sexta-feira(27), para divulgar os números dos transportes de órgãos realizados nos nove primeiros meses do ano. Até o dia 25 de setembro, foram realizadas 117 missões de Transporte de Órgãos, Tecidos e Equipes (TOTEQ), em um total de 121 órgãos transportados, sendo: Fígado 53, Coração 44, Pulmão 8, Rins 15 e Pancrêas 1.


A FAB mantém tripulações de sobreaviso, em tempo integral em Manaus (AM), Belém (PA), Natal (RN), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Canoas (RS). O objetivo é prestar o apoio no menor intervalo possível, utilizado a aeronave que melhor atende a missão.

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"Nossas tripulações estão sempre motivadas a fazer parte de um sistema que transporta esperança a diversos brasileiros. O transporte de órgãos e equipes médicas é uma das missões mais gratificantes que realizamos", diz o tenente-coronel aviador Rodrigo Goretti Piedade, comandante do Esquadrão Guará (6° ETA). A unidade aérea sediada em Brasília é uma das que realizam constantes missões de transporte de órgãos.
Foto: Sgt Johnson/CECOMSAER; Esquadrão Guará e Esquadrão Pastor
Em nota a FAB comenta que a mais recente missão ocorreu na noite de terça (24), quando uma aeronave C-97 Brasília, do Esquadrão Pastor (2º ETA), decolou de Natal com destino a Recife, onde embarcou uma equipe médica que seria responsável pela captação de um coração. A aeronave decolou da capital pernambucana pouco depois da 1h da madrugada com destino a Petrolina, no interior do estado, onde após os procedimentos médicos a aeronave regressou para Recife, onde pousaram às 5h50 para dar início a cirurgia de transplante. No dia anterior um voo da FAB partiu de Jaguaruna, no interior de Santa Catarina, com um pulmão destinado a um paciente de Porto Alegre.

COMPLEXA LOGÍSTICA

A logística de uma missão TOTEQ é considerada bastante complexa e desde o Decreto nº 9175, de 18 de outubro de 2017, permitiu o uso de aeronaves militares em sua execução, até então a maior parte dos transportes eram realizados pela aviação comercial, que de forma gratuita também realiza a operação.


Foto: Sgt Johnson/CECOMSAER; Esquadrão Guará e Esquadrão Pastor
O planejamento começa no Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), que deverá avaliar qual o melhor meio de transporte aéreo disponível, se militar ou comercial. O órgão conta com duas posições da Central Nacional de Transplantes (CNT) que atua 24 horas por dia, sendo responsável por administrar a logística que deve ser a mais rápida possível, visto que alguns órgãos o tecido possui um tempo de isquemia fria (TIF), que é o período que pode ficar sem circulação sanguínea, bastante curto.
Ao tomar conhecimento de um doar apto, os profissionais alocados no CGNA iniciam a busca pelo voo adequado mais próximo, que serve ao percurso requerido. Segundo a FAB a regra é o aproveitamento de voos da aviação comercial, mas quando o trecho não é atendido por linha aérea ou o horário é incompatível com a necessidade o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) da FAB é acionado e providencia uma aeronave, avaliando qual esquadrão será acionado. As tripulações passam a trabalhar no planejamento do voo, verificando o qual o aeroporto mais próximo, condições do clima em rota e no destino, entre outros.
A logística completa é em geral realiza em intervalor inferiores as 4 horas, que é o limite TIF do coração, o órgão que possui o menor tempo.Da redação Toni Oliveira - Pirassununga On com FAB e Aero Magazine / Copyright © 2018 Todos os direitos reservados. )

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